O movimento
Setembro Amarelo é um movimento, uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Idealizada ainda no final de 2014 por diversas entidades, entre elas o CVV (Centro de Valorização da Vida), teve sua primeira edição em 2015. A cor “amarela” é usada mundialmente como referência direta ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro).
Ao longo desses anos, tem sido possível observar uma evolução na conscientização da sociedade como um todo em relação ao assunto, com quebra de tabus e a abertura para se conversar abertamente sobre suicídio em diferentes ambientes sociais, como dentro da família, nas empresas, imprensa e poder público.
Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode participar do Movimento. Mais do que simplesmente iluminar locais públicos ou chamar a atenção com ações de impacto, o CVV entende que o Setembro Amarelo deve ser uma oportunidade para se tratar do tema suicídio de forma ampla e consciente, por meio de palestras, debates, simpósios, publicações na imprensa e outras formas de criar um ambiente de conhecimento e esclarecimento.
Em 2023, no 9º ano da Campanha, o CVV definiu o tema “Acolher é cuidar” para lembrar a importância de oferecer acolhimento, um olhar compreensivo e não julgador, colocar-se à disposição para conversar amigavelmente com quem pede ajuda ou demonstra precisar de ajuda ao nosso lado.
Seja parte dessa mudança. Promova a conversa sobre a prevenção do suicídio.
Sinais de Alerta
Preste atenção aos sinais. Pequenas mudanças podem indicar um pedido de ajuda.
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Não gostar mais de coisas que curtia antes;
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Frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer”;
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Achar que os outros ficarão melhor depois da sua morte;
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Piora do desempenho na escola ou no trabalho;
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Isolar-se e não ter esperança no futuro;
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Achar que nada nem ninguém pode ajudar;
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Descuido com a aparência;
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Alterações no sono e no apetite.
Prevenção
As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais gente do que se imagina já ocorreu em suicídio. Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, esses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Em muitos casos, é possível evitar que esses pensamentos suicidas se tornem realidade.
A primeira medida preventiva é a educação. Durante muito tempo, falar sobre suicídio foi um tabu, havia medo de se falar sobre o assunto. De uns tempos para cá, especialmente com o sucesso da campanha Setembro Amarelo, esta barreira foi derrubada e informações ligadas ao tema passaram a ser compartilhadas, possibilitando que as pessoas possam ter acesso a recursos de prevenção.
Saber quais as principais causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de suicídio no Brasil, onde atualmente 42 pessoas por dia tiraram a própria vida. Surgiu então um outro desafio: falar com responsabilidade, de forma adequada e homologada ao que recomendam as autoridades de saúde, para que o objetivo de prevenção seja realmente eficaz.
Mas como buscar ajuda se muitas vezes a pessoa pensa em saber que pode receber apoio e o que ela sente naquele momento é mais comum do que se divulgar? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda a um amigo ou familiar se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada? Todos podemos fazer esta pergunta: tem algo que posso fazer para te ajudar?
Podemos ficar atentos ao isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse pelas atividades que você gosta, descoberto com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” pode indicar necessidade de ajuda.
A ajuda pode vir de um amigo, pai, colega de trabalho ou escola, professores, ou alguém que esteja próximo a quem precisa e também dos voluntários do CVV, que são treinados para conversar com pessoas que estão passando por alguma dificuldade e que podem pensar em tirar sua vida.
Para conversar com um voluntário, basta ligar para o telefone 188, gratuito, que funciona 24 horas. Também é possível mandar um e-mail ou falar pelo chat, que podem ser acessados pelo site www.cvv.org.br. Produzimos alguns vídeos, em parceria com a UNICEF, para divulgarmos a importância da Prevenção. Todos podem utilizá-los!
Converse com um voluntário do CVV
A fala auxilia no entendimento dos sentimentos, na compreensão do que se passa dentro de si. Poder se expressar abertamente, sem julgamentos ou cobranças, pode fazer toda a diferença. E, se quiser, converse com um voluntário do CVV.
Peça ajuda pelo link: https://cvv.org.br/ ou ligue 188.
Fonte:https://setembroamarelo.org.br/